A padronização do hardware para os computadores domésticos é um dos seus maiores trunfos, permitindo combinar periféricos nas mais variadas configurações mas apesar dessa valiosa liberdade nem todas as placas-mãe possuem as mesmas dimensões, existindo diferentes formatos para diferentes tipos de computadores.
Apresentando os diferentes formatos de Placa-mãe:
Da mesma maneira que outros componentes do computador, as placas-mãe possuem dimensões padronizadas aqui descrevendo os modelos ATX, Micro-ATX e Mini-ITX, sendo as variedades comercializadas tradicionalmente para computadores domésticos.
Essa padronização considerando computadores domésticos significa conseguir facilmente encontrar processadores, memória, fonte de alimentação e unidades de armazenamento compatíveis com a placa-mãe escolhida, costuma ser o primeiro componente ancorado no gabinete sendo uma peça com imensa variedade de modelos e tamanhos, mesmo assim possuindo as furações relacionadas aos modelos de placa-mãe normalmente comercializados, acomodando posteriormente a fonte, as placas de expansão como vídeo dedicado, entradas SATA adicionais, capturas entre diversas outras e finalizando com as unidades de armazenamento, leitores de mídia e outros periféricos nos tamanhos 3.5” e 2.5”.
Com essa boa diversidade é interessante conhecer algumas diferenças entre elas, facilitando a decisão de qual será a mais adequada para o seu propósito e entendendo também os requisitos para sua adoção.
ATX – Começando pelo modelo tradicional:
Desenvolvido pela Intel, o formato ATX foi introduzido pela primeira vez em 1995 e perdurando por quase 25 anos, o projeto do padrão Avançado de Tecnologia eXtendida (ATX – Advanced Tecnology eXtended) tem sido o modelo predominante para computadores domésticos.
As dimensões para o modelo ATX são 12” x 9.6” (12 polegadas x 9,6 polegadas) sendo o maior dos três formatos descritos aqui e neste padrão especifica os locais dos pontos de fixação, conectores de energia, o painel de E/S (I/O – Input / Output – Entrada / Saída) e todas as demais interfaces de conexão.
São todos recursos cruciais para qualquer placa-mãe, enquanto os pontos de fixação mantém afastada a placa-mãe da superfície metálica do gabinete evitando curtos ou condução elétrica o painel de E/S junto com o espelho de acabamento reforçam a fixação ao mesmo tempo que permitem acessar as conexões traseiras depois do gabinete fechado, conectando teclados, mouses e outros dispositivos USB, os conectores de áudio para as caixas acústicas e cabo de vídeo dos monitores, quando presente. Por fim internamente os demais pontos de interface estrategicamente localizados para colaborar na montagem dos periféricos.
Micro-ATX e Mini-ITX- Reduzindo as dimensões do computador:
Ainda assim nem todos gostam ou preferem as placas-mãe do padrão ATX, especialmente quando o interesse é tornar mais compacto as dimensões do computador e dessa maneira entra em cena o padrão Micro-ATX, medindo impressionantes 9.6” x 9.6” e da mesma maneira que o modelo ATX, determina quais devem ser os pontos críticos
No entanto, nem todo mundo quer uma placa-mãe do tamanho de um ATX – especialmente se o objetivo é tornar algo mais compacto. Para isso chegamos nas placas Micro-ATX medindo apenas 9,6 polegadas por 9,6 polegadas mas como nas placas-mãe ATX maiores, o padrão determina quais devem ser todos os vários pontos críticos. Por fim mas não menos importante, o modelo Mini-ITX desenvolvido pela VIA Tecnologies em 2001 com as incríveis medidas de 6.7” x 6.7”.
Retornando para o modelo ATX, são visualmente dotados de maior poder de expansão possuindo vários slots PCIe e alguns PCI, permitindo substituir e certamente melhorar os periféricos integrados como o adaptador de som, rede, entradas SATA, USB entre alguns. Contudo existem as placas EATX (Extended ATX) contendo nada menos que sete entradas PCIe porém mais voltados para entusiastas e certamente servidores além do seu conteúdo excederem os interesses desse artigo.
Enquanto o modelo Mini-ITX costuma oferecer apenas uma entrada e geralmente para instalação de uma placa gráfica, o Micro-ATX pode disponibilizar até quatro entradas PCIe.
Outro recurso limitado é a memória RAM no Mini-ITX, oferecendo apenas dois bancos de memória contra quatro ou mais expansões para os padrões MicroATX ou ATX mas não necessariamente significando pouca memória RAM disponível. Por exemplo totalmente possível instalar até 32GB de RAM através de dois módulos de 16GB enquanto os outros dois modelos chegam ao mesmo total utilizando módulos de 8GB, nada mal não é ?!
Apresentados os modelos, qual o melhor deles ?!
Todos os três modelos apresentados podem ser adotados para praticamente qualquer computador doméstico, seja para uma plataforma de jogos, central multimídia, um servidor de mídia entre algumas das várias aplicações possíveis.
<Servidor de Jogos>
Se for a primeira jornada para construir um computador para jogos a melhor escolha será o padrão ATX seguido de perto pelo Micro-ATX. Isso pela maior capacidade de expansão e atualização do padrão ATX além da facilidade no encaixe e remoção dos componentes.
Apesar dessas vantagens não são motivos para ignorar totalmente o Micro-ATX, sendo iniciante e planejar um computador mais compacto ainda que signifique menos espaço para atualização ainda é possível. A atenção maior ao escolher o Micro-ATX é o adequado tamanho do gabinete pois embora possam ser menores em altura e comprimento eles podem ser um pouco mais largos que os gabinetes convencionais.
Se quiser ser ousado e avançar para o Mini-ITX, entenda ser o mais difícil de todos para o uso em jogos, isso pelo espaço bem mais restritivo dentro do gabinete e por isso deve ser cuidadosamente considerado principalmente pelas placas de vídeo compatíveis com as dimensões do gabinete, o fluxo de ar e resfriamento devem ser estudados para não comprometer o desempenho em jogos de grandes exigências gráficas ou por longos períodos de utilização.
<HTPC – Home Theater PC>
Certamente muitas vezes a principal preocupação ao incluir outro aparelho a um centro de entretenimento já repleto de dispositivos na sala de estar, é o espaço. Pode ser aqui onde o Mini-ITX realmente irá se destacar adotando o HTPC (Home Theater Computer – Computador Central de Entretenimento) , por representar praticamente um computador completo na sala de estar num tamanho significativamente reduzido. Adotar um gabinete ATX para usar numa placa-mãe Mini-ITX é totalmente possível mas qual seria a razão disso quando o objetivo é reduzir o espaço ocupado por tantos aparelhos ?!
Uma pequena dedicatória ao NUC:
Buscando atender a praticamente qualquer público, os fabricantes desenvolvem os mais variados produtos estando entre eles apesar de pouco conhecido temos um aparelho desenvolvido pela Intel comercializado como NUC (New Units of Computing – Nova Unidade de Computação). Introduzindo os kits NUC como uma oportunidade de construir computadores minúsculos medindo geralmente 4” x 4” em gabinetes muito reduzidos entretanto muito competentes.
Por padrão o NUC comercializado inclui a placa-mãe, processador com GPU (variando conforme o kit escolhido) e memória RAM, para o armazenamento e outros periféricos (quando possível) eles devem ser adquiridos separadamente mas esqueça as placas gráficas dedicadas ou qualquer outro periférico que utiliza os encaixes tradicionais. É um produto mais otimizado para a transmissão de vídeos, central multimídia e outras aplicações menos exigentes porém oferecido de maneira mais integrada, por isso pesquisar mais sobre suas características é uma excelente sugestão antes de adquiri-lo pensando apenas a redução de espaço.
Computadores para toda a família:
Encontrar ou montar um computador universal é uma tarefa praticamente impossível, de qualquer maneira é possível chegar a uma configuração que consiga atender satisfatoriamente a um bom número de utilizadores. Com isso em mente grandes fabricantes também oferecem boas variações de seus produtos pensando não somente no desempenho mas também na economia de espaço, conseguindo ingressar no mercado dos modelos Micro-ATX e Mini-ITX com preços relativamente atrativos.
Apenas atenção pois costumam ser produtos que além das mesmas poucas possibilidades de expansão, podem dificultar a troca de outros componentes como fontes e a placa-mãe por sua construção fugir relativamente do mercado de placas utilizadas na configuração de computadores digamos convencionais.
Vislumbrando o Futuro:
Apesar da grande evolução, o padrão ATX é uma especificação relativamente datada. Uma característica na grande adoção de um padrão é conseguir efetuar sua substituição por mais atrativa que pareça, pense na grande dificuldade da Microsoft em convencer seus usuários a abandonar o descontinuado Windows XP mesmo considerando outros motivos para essa resistência. A Intel fez uma tentativa em 2004 ao apresentar o modelo BTX, se nunca ouviu falar até agora já entendeu que sua aceitação foi praticamente nula.
Como a evolução é uma necessidade, os fabricantes continuam desenvolvendo e experimentando alternativas ao ATX, ainda que em 2019 a Asus apresentou um novo conceito de placa-mãe nomeado Prime Utopia com desenho completamente diferente de todos os modelos anteriores desse componente. Ela é construída com componentes nos dois lados da placa tendo os módulos reguladores de tensão (VRM´s) localizados na parte traseira facilitando seu resfriamento visando aumentar o desempenho. A placa gráfica fica também alocada na parte traseira e montada verticalmente em uma câmara dedicada possivelmente para possivelmente melhorar a estabilidade.
As portas de E/S tornaram-se modulares significando incluir apenas o que precisar, da mesma maneira portas Ethernet, entradas USB e praticamente todos os componentes de E/S normalmente estáticos no padrão tradicional, por tanta otimização de espaço acaba oferecendo mais opções de expansão, dessa maneira oferecendo agora 4 entradas M.2.
Apesar de tantos avanços e novidades, talvez a resistência na adoção de padrões como esse possam esbarrar em consequências já conhecidas causadas por sistemas operacionais vorazes, a necessidade de substituição de uma boa parcela senão todos os componentes do computador representando um generoso custo para os usuários, talvez comercializar em produtos prontos-para-uso talvez seja uma alternativa, mas novamente somente o tempo e interesse do público poderá indicar o sucesso ou fracasso desta inovação.
Conclusão:
É bem provável que você tenha pronunciado alguns desses padrões de placa-mãe sem nunca ter a curiosidade de conhecer mais sobre eles, sequer os seus significados para entender melhor o potencial deles assim como suas limitações, talvez perdendo a oportunidade de economizar uns bons trocados ao escolher um modelo perfeitamente compatível com sua necessidade sem precisar investir muito.
Podemos perceber que tanto questões tecnológicas quanto financeiras permeiam as definições e adoções dessas tecnologias e suas substitutas, descrevendo resumidamente em suas características de maneira que permita conhecer um pouco mais sobre cada uma delas e numa próxima atualizar definir uma configuração compatível com os objetivos sem precisar de grande investimento para isso.
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