O BIOS reinou absoluto por décadas e principalmente nos equipamentos domésticos porém seus dias de glória estão chegando ao fim, isto pela fabricante Intel ter anunciado sua aposentadoria, por consequência os fabricantes de placas-mãe estão migrando de arquitetura e enquanto alguns ainda permitem alternar entre BIOS e o novo UEFI ocorre que outros passaram a manter apenas o novo padrão.
Ambientes BIOS e UEFI são basicamente pequenos sistemas gerenciando os recursos da placa-mãe. No novo modelo UEFI despontou entre modernidades o suporte a discos rígidos maiores de 2TB como unidade de inicialização, mais recursos de segurança e para mais comodidade um ambiente gráfico melhorado e com suporte a mouse, no BIOS as configurações são feitas somente através do teclado.
Como a mudança precisa ser gradual para não confundir o hábito de anos lidando com o ambiente BIOS, muitos computadores/notebooks que já adotaram esse padrão ainda se referem ao UEFI como BIOS, caso tenha adquirido um computador/notebook próximo do final de 2020 é muito provável que já esteja utilizando o UEFI embora possa receber informações referenciadas como BIOS.
Um pouco sobre o ambiente BIOS:
O termo BIOS é a abreviatura de Basic Input-Output system (Sistema Básico de Entrada e Saída), sendo um software de baixo nível e residente num específico chip soldado placa-mãe do seu computador. Ele é carregado assim que ligado o computador/notebook então antecedendo o sistema operacional instalado indiferente de qual seja, sendo responsável por ativar e gerenciar os componentes integrados e nativos da placa-mãe como adaptador de rede, som, controladores USB e outros mais, após tudo validado segue para a inicialização do sistema operacional.
Diversas possibilidades de configurações estão disponíveis no BIOS, por exemplo habilitando ou desabilitando os periféricos nativos, ajustar data e hora, definir a ordem e dispositivos para inicialização, velocidade do processador e da memória RAM, até mesmo gerenciar alguns comportamentos como a rotação do cooler do processador e voltagens fornecidas pela fonte.
Como não existe um padrão declaradamente definido, na maioria dos casos o acesso a esse ambiente ocorre ao pressionar a tecla DEL assim que o computador/notebook é ligado, entre outras teclas utilizadas para acessar o BIOS temos F2, F8 e F11. Depois das configurações feitas é sempre necessário salvar as alterações modificadas, ficando armazenadas em seu chip e mantido com ajuda de uma pequena bateria e, se tudo estiver compatível a inicialização seguirá normalmente.
O BIOS possui um mecanismo de autoverificação conhecido como POST (Power-On Self Test – Autoverificação ao Ligar), verificando se as definições e também os periféricos instalados (ou integrados) estão compatíveis com suas configurações, para os casos de inconsistência a placa-mãe emite alguns bipes e não inicializa, indicando problemas de configuração ou hardware, nestes casos é fundamental ter o manual dela pois a sequência de bipes indica a possível causa do problema e ajuda no diagnóstico.
Assim que aprovadas as verificações, o BIOS segue as definições procurando pelo dispositivo que tenha as instruções de inicialização do sistema operacional ou o famoso MBR (Master Boot Record – Registro Mestre de Inicialização).
Outro aviso que pode surgir quando as configurações da placa-mãe foram redefinidas faz menção ao CMOS (Complementary Metal-Oxide-Semiconductor – Semicondutor Complementar de Óxido Metálico), uma memória adicional mantida por uma pequena bateria onde o BIOS preserva as configurações na placa-mãe. De fato, em modelos mais modernos essa solução foi substituída pela memória EEPROM (Electrically Erasable Programmable Read-Only Memory – Memória Programável Eletricamente Apagável Somente Leitura) um pequeno chip de memória flash fixado na placa-mãe,
Porquê o padrão BIOS está desatualizado ?!
O BIOS existe há décadas e por esse período passou por poucas evoluções, podemos dizer que surgiu praticamente junto com os computadores IBM-PC, isso na década de 1980 ! Entre as poucas melhorias recebidas estão a inclusão do recurso ACPI, compatibilidade com discos de maior capacidade considerando a época, compatibilidade total com os sistemas de arquivo FAT32 entre outros, compatibilidade com o novo padrão USB e inicialização por unidades flash (pendrives), ainda assim não evoluiu tanto quanto novas tecnologias surgiam, mantendo muito das suas raízes nos dias do MS-DOS.
Isso traz ao BIOS sérias limitações, por exemplo limitando a inicialização em unidades de armazenamento com pouco mais de 2TB e com a gradativa popularização de unidades acima de 3TB, acabam impedindo o uso de equipamentos com BIOS pois não poderá inicializar a partir dele, isso por conta da maneira como o MBR do BIOS trabalha.
O BIOS precisa ser executado no modo 16 bits do processador possuindo apenas 1MB de espaço para execução, possui limitações na inicialização simultânea de vários dispositivos de hardware, tornando lento um processo de inicialização ao ativar todas as interfaces de hardware e dispositivos num PC.
Por limitações como essa a evolução ou substituição do BIOS era necessário há muito tempo. Ainda que Intel tenha inciado o projeto sobre a especificação EFI (Extensible Firmware Interface – Ambiente Estendido de Microcódigo) em1998 e com a Apple adotando essa arquitetura quando migrou para a plataforma Intel em seus Macs em 2006, os demais fabricantes do mercado IBM-PC não acompanharam.
Porém finalmente em 2007 a Intel, AMD, Microsoft e os fabricantes de computadores e notebook´s concordaram em adotar a nova arquitetura UEFI (Unified Extended Firmware Interface – Ambiente de Microcódigo Extensível Unificada). Representa um padrão para toda a indústria e gerenciado pelo Unified Extended Firmware Interface Forum, não sendo conduzido apenas pela Intel. O suporte ao padrão UEFI foi introduzido no Windows Vista Service Pack 1 e Windows 7. Praticamente todos os computadores atuais já estão padronizados para UEFI, embora alguns ainda permitam regredir em modo compatibilidade para o padrão BIOS.
Como o padrão UEFI substituindo o BIOS será superior ?!
Não existe como converter ou substituir um ambiente BIOS por um UEFI, isso pelo hardware ser desenvolvido literalmente em conjunto com o sistema UEFI (ou o BIOS) e como já comentado, o mais próximo é habilitar o BIOS em modo compatibilidade porém possível apenas nas placas-mãe mais atuais e, com essa opção disponível.
Ao adquirir um computador novo ou placa-mãe, relembrando ocorrer a partir do final de 2020, muito provavelmente já estará com o novo padrão UEFI, por conta disso caso ainda precise permanecer no padrão BIOS é necessário pesquisar no site do fabricante ou por seus canais de comunicação, a disponibilidade dessa emulação por conta do novo padrão estar praticamente definido para novos aparelhos.
Este novo padrão supera as limitações do BIOS, permitindo ao firmware UEFI inicializar em unidades de armazenamento acima de 2TB, tendo o teórico limite de 9,4 zetabytes sendo nada mais que três vezes o tamanho estimado de todos os dados existentes na internet. Tudo isso graças ao UEFI adotar o esquema de particionamento padrão GPT ao invés do MBR, outra mudança está nele inicializar de maneira mais padronizada, acionando os executáveis EFI ao invés de executar o MBR de inicialização da unidade, um artigo um pouco mais detalhado sobre GPT e MBR pode ser encontrado [aqui].
O UEFI é compatível tanto o modo 32bits quanto o 64bits, possuindo ainda mais espaço endereçável quando comparado ao BIOS então significando um processo mais rápido de inicialização, isso permite telas de configuração UEFI mais elegantes e práticas do que o padrão BIOS ao permitir a inclusão de gráficos e uso do mouse. Entretanto é bom lembrar não ser uma personalização obrigatória, por escolhas dos fabricantes são encontrados alguns computadores/notebooks utilizando um padrão UEFI graficamente similar ao BIOS
Outros recursos acompanham o padrão UEFI, suporte a inicialização segura significando a possibilidade de verificar a assinatura do sistema operacional, garantido que nenhum malware tenha comprometido o processo de inicialização – ainda que apenas o Windows continue tirando proveito desse recurso – oferecendo também suporte a opções de rede diretamente do próprio firmware UEFI, colaborando na solução de problemas de maneira remota e na configuração, diferente do BIOS onde é preciso estar fisicamente presente para efetuar sua configuração.
Diferente de considerar uma simples substituição ao BIOS, o UEFI permite muito mais possibilidades permitindo deste ser armazenado na memória flash da placa-mãe a ser inicializado de um disco rígido, ou por compartilhamento de rede, para inicialização.
Um ponto de atenção no UEFI é seu nível de personalização pelo fabricante, por conta disso não será difícil encontrar ambientes relativamente diferentes para um mesmo tipo de “sistema”, condição onde o BIOS manteve um certo padrão mesmo que a disposição das opções nunca pudessem ser unanimidade.
Acessando o ambiente de configurações UEFI em computadores/notebooks modernos:
Para os usuários convencionais de computadores e notebooks, as mudanças para o padrão UEFI será praticamente imperceptível, ainda que possa perceber o computador inicializar e desligar mais rápido quando comparado ao BIOS, utilizar uma unidade de armazenamento maior do que 2TB também será de maneira natural como em unidades de qualquer outro tamanho.
Agora, se precisar acessar as configurações mais específicas certamente perceberá uma boa diferença – podendo ser ainda maior caso o ambiente seja o mais rebuscado possível – e pra começar, seu acesso pode precisar ser feito através do menu de opções inicialização do Windows, se ele for o sistema operacional nativo, ao invés das tradicionais teclas de atalho, tudo para potencializar a velocidade do processo de inicialização. De toda maneira, ainda existem computadores/notebooks com UEFI que permitem o acesso ao BIOS através das habituais teclas de atalho, podendo ser acionadas durante a primeira inicialização do computador/notebook
Conclusão:
Finalmente chegou o momento de mais uma evolução, sai o excepcional padrão BIOS e entra em cena o promissor padrão UEFI para devolver o fôlego aos novos conceitos de hardware que estavam sufocando no modelo anterior, prometendo – e entregando – uma boa dose de melhorias.
Por outro lado pode complicar a vida de quem tenha situações legadas e então incompatíveis com essa nova tecnologia, de maneira geral é apresentado um conteúdo, ainda que resumido, descrevendo as diferenças entre as duas e também motivos, ou necessidades, para a migração do BIOS para o UEFI, como sempre tudo em prol de mais desempenho e melhor aproveitamento dos recursos computacionais.
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